O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), participou de um jantar das bancadas do MDB na Câmara e no Senado, nessa quarta-feira (14/12), em Brasília. O evento aconteceu na casa do ex-senador e deputado federal eleito Eunício Oliveira (MDB-CE).

Segundo relatos, Alckmin ficou até a meia noite no jantar, que se estendeu até 3 horas da manhã. Nas conversas, segundo relatos, o vice garantiu que Lula deverá nomear a senadora Simone Tebet (MDB-MS) com ministra, mas não disse para qual pasta.

Durante o evento, os emedebistas discutiram os espaços no governo que o partido cobrará de Lula. Ficou definido que a sigla reivindicará três ministérios: um para Tebet, que estava no encontro, um para a bancada na Câmara e outro para a bancada do Senado.

Na mira do MDB, estão pastas com capilaridade política, como os ministérios do Desenvolvimento Social (pasta preferida de Simone Tebet), da Saúde, Educação e Integração Nacional. Senadores também aceitariam o Ministério de Minas e Energia.

Para a vaga da Câmara, os nomes do MDB que desejam ser ministros são os de Eunício e o do deputado federal José Priante (PA), aliado do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Do Senado, o nome de consenso é o do senador eleito Renan Filho (MDB-AL).

Tebet será cota do partido

Após a resistência inicial de emedebistas, que defendiam que Simone Tebet fosse considerada como “cota pessoal” de Lula, os parlamentares do MDB concordaram, no jantar, em chancelar o nome da senadora para um ministério como indicação do partido.

A decisão faz parte de um acordo dos caciques do MDB de apoiar a candidatura de Tebet à Presidência em 2026, quando Lula promete não ser mais candidato. O assunto foi discutido pelos emedebistas quando Alckmin já havia ido embora do jantar.