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Ala política citou CPI para convencer Bolsonaro a não atacar Moraes

Ministros da ala política usaram exemplo da CPI da Covid para convencer Jair Bolsonaro a não atacar Alexandre de Moraes por ordenar oitiva

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Marcos Corrêa/Presidência da República
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1 de 1 moraes_bolsonaro - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

Ministros da ala política do governo usaram a instalação da CPI da Covid-19 no Senado como exemplo para convencer Jair Bolsonaro a não atacar Alexandre do Moraes no recente episódio envolvendo a ordem do ministro do STF para que o presidente prestasse depoimento à Polícia Federal.

Auxiliares presidenciais argumentaram ao chefe que, se ele atacasse nominalmente Moraes, o espírito de corpo dos demais ministros do Supremo falaria mais alto. Como consequência, seriam grandes as chances de a maioria do plenário da Corte confirmar a decisão do colega e mandar Bolsonaro depor.

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

Marcelo Camargo/ Metrópoles
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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ministros avaliaram a Bolsonaro que teriam sido os ataques do presidente a Luís Roberto Barroso que levaram a maioria do pleno do STF a confirmar a liminar que mandou o Senado instalar a CPI da Covid em 2021. Se Bolsonaro não tivesse criticado, a aposta é de que a comissão poderia ter sido barrada pela Corte.

No recente episódio do depoimento, a reação do Planalto a Moraes ficou a cargo apenas da Advocacia-Geral da União (AGU). O órgão apresentou recurso argumentando que, por ser investigado, Bolsonaro não poderia ser obrigado a depor, para não produzir provas contra si mesmo.

O recurso da AGU foi recusado por Moraes. Mesmo assim, Bolsonaro não criticou o ministro nominalmente. “Tudo em paz“, limitou-se a dizer no dia seguinte ao imbróglio. Com isso, nem o presidente teve que depôr, nem o ministro do Supremo determinou nova data para a oitiva. Até agora.

Para a ala política do governo, caso o presidente tivesse partido para cima de Moraes, o caso já teria sido levado para o plenário do Supremo. Nesse cenário, a aposta é de que o espírito corporativista dos ministros prevaleceria e a maioria do STF chancelaria a ordem de Moraes para obrigar Bolsonaro a depor.

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