Agente da PF preso na operação Overclean trabalhou para o PT na Bahia
Preso por desvio de recurso público, agente da Polícia Federal (PF) Rogério Magno de Almeida Medeiros já trabalhou para o PT da Bahia
atualizado
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O agente da Polícia Federal (PF) Rogério Magno de Almeida Medeiros, preso preventivamente nesta segunda-feira (23/12) no âmbito da Operação Overclean, já trabalhou para o PT na Bahia.
A operação é a mesma que já prendeu o empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, e o vereador eleito Francisco Nascimento, primo do líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA).
Segundo apurou a coluna, o agente da PF chefiou a Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia até 2020, na gestão do então governador baiano e atual ministro da Casa da Civil, Rui Costa.
Magno, entretanto, foi exonerado por Rui Costa em 31 de outubro de 2020 após ser citado na Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de sentenças por magistrados na Bahia.
Agente da PF repassava “informações sensíveis”
Como a coluna noticiou, na Operação Overclean, Magno é acusado de repassar “informações sensíveis” aos investigados, incluindo a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas.
Além do PF, foram presos o vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA), Vidigal Cafezeiro Neto; o secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista (BA), Lucas Dias; e o lobista Carlos André, tido como operador do grupo.
Além das prisões preventivas, a PF cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público de suas funções, além de medidas de sequestro de cerca de R$ 4,7 milhões em bens.
A Operação Overclean
A Operação Overclean visa desarticular organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, durante o período investigado, o grupo teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024.