Abstenção no segundo turno deste ano foi a menor desde 2006
Abstenção nas urnas em 2022 é maior apenas que nas duas eleições de Lula à Presidência, em 2002 e 2006
atualizado
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Contrariando as expectativas, o segundo turno das eleições deste ano registrou a menor abstenção desde 2006 para essa etapa do pleito. Segundo dados do TSE, o percentual de brasileiros que não votaram nesse domingo (30/10) foi de 20,56%.
Há 16 anos, quando o então presidente Lula disputou a reeleição ao Palácio do Planalto, a abstenção foi de 18,99% na segunda fase do pleito, vencida pelo petista.
A abstenção no segundo turno de 2022 também é menor que no de 2002, quando Lula venceu pela primeira vez a eleição presidencial. Há 20 anos, a abstenção no segundo turno foi de 20,46%.
Como mostrou a coluna, 2010 teve a maior abstenção registrada em um segundo turno nas eleições nacionais: 21,47%. Quatro anos depois, o número foi de 21,1%. Em 2018, de 21,29%.
A abstenção menor em 2022 contrariou as expectativas das campanhas de Lula e Bolsonaro. Até a semana passada, elas temiam que a abstenção crescesse no segundo turno devido à proximidade com o feriado do Dia de Finados, em 2 de novembro.
Ao final, porém, o percentual de brasileiros que não votaram no segundo turno foi menor até do que no primeiro turno deste ano, quando 20,95% dos eleitores aptos a votar não compareceram às urnas.
Veja o histórico de abstenção no 2º turno:
2018 – 21,29%
2014 – 21,1%
2010 – 21,47%
2006 – 18,99%
2002 – 20,46%
1998 – Não houve segundo turno
1994 – Não houve segundo turno