O PT tentou nesta terça-feira (23/5) uma “última cartada” para convencer a bancada do PSol a votar favoravelmente ao mérito do projeto do novo arcabouço fiscal na Câmara.

Em reunião de líderes na manhã de terça, lideranças petistas pressionaram o líder do PSol na Casa, Guilherme Boulos (SP), usando, para isso, a eleição para a Prefeitura de São Paulo em 2024.

No encontro, aliados do governo Lula voltaram a insinuar que o PT pode não apoiar a candidatura de Boulos a prefeito da capital paulista, caso o PSol vote contra o novo arcabouço.

Segundo aliados, Boulos avisou que não iria ceder. Correligionários do deputado também aproveitaram para reclamar do tratamento diferenciado que o governo Lula tem dado ao partido.

Os psolistas ressaltaram, por exemplo, que outros partidos da base, como o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin, votaram contra o governo no marco do saneamento e não houve pressão semelhante por parte do governo.

Deputados do PSol também ponderaram que a votação do arcabouço fiscal não seria apertada e que o governo não dependeria dos 14 votos da federação PSol/Rede para aprovar a proposta.