A reunião que definiu o “tudo ou nada” de Bolsonaro no debate da Globo
A pedido de Jair Bolsonaro, as alas política e ideológica se reuniram num restaurante no Rio para decidir a estratégia para debate da Globo
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro decidiu partir para o “tudo ou nada” contra o ex-presidente Lula durante o debate da TV Globo, na noite desta quinta-feira (29/9).
A estratégia segue orientação de auxiliares das alas política e ideológica do governo e da campanha, que se reuniram durante a tarde para chegar a um consenso sobre o tom de Bolsonaro no confronto.
A reunião aconteceu numa sala reservada de um restaurante do Rio de Janeiro e reuniu os ministros do governo, filhos do presidente, integrantes do chamado “Gabinete do Ódio” e assessores da campanha. Entre eles:
- Ministro Ciro Nogueira (Casa Civil);
- Ministro Fábio Faria (Comunicações);
- Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
- Vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos);
- Fábio Wajngarten, assessor da campanha;
- Sérgio Lima, publicitário;
- Filipe Martins, assessor para Assuntos Internacionais;
- Tércio Arnaud, ex-assessor.
Segundo apurou a coluna, a reunião aconteceu a pedido de Bolsonaro. Numa conversa prévia, o presidente pediu para seus auxiliares se entenderem entre si e decidirem uma linha de atuação para o debate.
Nas palavras de um dos presentes no encontro, o consenso foi para que Bolsonaro “incendeie” o debate, focando em “expor” e “atacar” Lula, sobretudo ligando o petista a atos corrupção.
Como a coluna noticiou mais cedo, para desgastar Lula, o atual presidente foi orientado a levar ao debate a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), assassinado em 2002.