A fritura das mulheres cotadas para ministérios de Lula
Nos bastidores, aliados de Lula criticam as possíveis mulheres cotadas para ocupar o primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios
atualizado
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Apesar da promessa de “paridade” no primeiro escalão do governo, as mulheres cotadas ao primeiro escalão do governo Lula têm enfrentado uma “fritura” nos bastidores do PT.
Ao menos seis cotadas para postos de comando na Esplanada dos Ministérios estão sendo alvo de críticas constantes e discursos de desqualificação por parte de parlamentares homens do PT e da base aliada.
É o caso, por exemplo, da sanitarista Nísia Trindade, favorita para comandar o Ministério da Saúde, e de Izolda Cela, que vinha sendo cotada ao Ministério da Educação, mas foi preterida em nome de um petista: o ex-governador do Ceará, Camilo Santana. As duas pastas, por conta da grande quantidade de cargos pelo Brasil, lideram a lista de ministérios cobiçados por caciques governistas.
Como mostrou a coluna, a cotada para Saúde tem seu trabalho a frente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) questionado dentro do PT. Já Izolda, após pressões internas, deve ficar com uma das secretarias do MEC.
As críticas também atingem a deputada Marília Arraes (Solidariedade), cotada para a Previdência, a economista Esther Dweck, para o Planejamento, Marina Silva, no Meio Ambiente, e a senadora Simone Tebet, que deseja ocupar pastas ligadas aos programas sociais do futuro governo Lula.
Lula indicou apenas uma mulher para a Esplanada até o momento, a cantora Margareth Menezes para a Cultura. A paridade no comando do novo governo foi uma promessa de campanha e cobrança constante dos movimentos sociais de esquerda.