A estratégia de Arthur Lira para votar a urgência do PL das Fake News
Presidente da Câmara, Arthur Lira acertou com lideranças aliadas estratégia para tentar aprovar requerimento de urgência do PL das Fake News
atualizado
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já tem na manga uma estratégia para votar a urgência do PL das Fake News na quarta-feira (26/4) sem correr o risco de uma nova derrota.
Lira acertou com líderes de bancadas aliadas que fará a votação de forma simbólica. Ou seja, sem a necessidade de registro e exposição do voto a voto dos deputados, o que abriria margem para uma derrota.
Hoje, o presidente da Câmara tem a maioria dos líderes partidários ao seu lado, o que, em tese, garante apoio suficiente para a votação simbólica.
Além disso, uma votação simbólica evita que parlamentares de partidos de direita e de centro, que sofrem pressão para votar contra o texto, sejam expostos em uma votação nominal.
A ideia de Lira é um aliado pedir uma votação nominal em outro projeto, logo antes do requerimento de urgência. Assim, um novo pedido de votação nominal só seria permitido pelo regimento interno da Casa após uma hora.
Derrota em 2022
Em 2022, o presidente da Câmara levou à votação um pedido de urgência ao texto relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Na ocasião, ele não conseguiu os 257 votos necessários para aprovar o requerimento.
Caso a urgência seja aprovada nesta semana, Lira poderá levar o texto direto ao plenário, sem a necessidade de discutir o projeto de lei nas comissões temáticas da Casa.
Parlamentares de oposição, porém, já formalizaram à Lira o pedido para que ele constitua uma comissão especial, respeitando a proporcionalidade da Câmara, para discutir o projeto de forma mais profunda.