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A aposta de aliados de Moro para emplacá-lo como vice de Bivar

Aliados do ex-juiz acreditam que outros nomes da terceira via não conseguirão se viabilizar como candidatos dentro de seus partidos

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Após filiação ao União Brasil Sérgio Moro faz um pronunciamento no Hotel Intercontinental, em São Paulo. Ele fala diante de microfones e usa terno - Metrópoles
1 de 1 Após filiação ao União Brasil Sérgio Moro faz um pronunciamento no Hotel Intercontinental, em São Paulo. Ele fala diante de microfones e usa terno - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Após Luciano Bivar ser confirmado como pré-candidato do União Brasil à Presidência da República, aliados de Sergio Moro no partido passaram a defender que a legenda lance uma “chapa puro-sangue” com o ex-juiz de vice.

A opção é defendida com base na aposta de que outros nomes que se apresentam como opção para a candidatura única da terceira via não consiguirão se viabilizar dentro de suas próprias siglas para comporem uma chapa presidencial.

A avaliação entre os aliados de Moro no União Brasil é de nem MDB, nem PSDB levarão suas pré-candidaturas ao Palácio do Planalto até o fim. Nesse cenário, dizem, o ex-juiz seria a “escolha óbvia” para compor a chapa puro-sangue da legenda.

No MDB, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) enfrenta resistência de um grupo do partido liderado pelo também senador Renan Calheiros (MDB-AL). A vontade dessa ala da sigla é ver o MDB fechado com o ex-presidente Lula (PT) já no primeiro turno.

No ninho tucano, também não há consenso. O ex-governador paulista João Doria venceu as prévias, mas Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, é considerado mais “viável” pela ala liderada pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).

Parte dos conselheiros de Moro no União acredita que o PSDB deverá priorizar suas chapas ao Legislativo, com receio de encolher ainda mais no Congresso Nacional, ao invés de apostar em um candidato com poucas chances ao Planalto.

Moro também enfrenta resistência

O próprio Moro, entretanto, tem sua lista de opositores no União Brasil. O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro enfrenta resistência da ala da sigla oriunda do DEM, da qual faz parte o secretário-geral da legenda, ACM Neto.

O argumento desse grupo do União Brasil é que a alta rejeição de Moro, tanto na esquerda, quanto em parte da direita, pode atrapalhar na eleição dos candidatos do partido para o Legislativo e para os governos estaduais.

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