A alfinetada de Gleisi Hoffmann em Haddad
Presidente do PT, Gleisi Hoffmann compartilhou texto crítico à ideia do time de Haddad de mudar regras para gastos com saúde e educação
atualizado
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![Gleisi Hoffmann, presidente do PT, em foto colorida](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_700/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/07/05174117/Apo%CC%81s-entrega-de-petic%CC%A7a%CC%83o-de-li%CC%81deres-e-presidentes-de-partidos-progressistas-ao-presidente-do-Senado-Rodrigo-Pacheco-PSD-MGdeputados-Gleisi-Hoffmann-PT-PR-2.jpeg)
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, mandou uma indireta para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (12/6), em meio aos debates sobre as soluções para a arrecadação federal.
Hoffmann compartilhou um texto do jornalista Leonardo Sakamoto, no qual ele critica a ideia de limitar os gastos em saúde, educação e benefícios previdenciários, defendida pelo time de Haddad.
“Uma boa leitura”, disse Gleisi ao compartilhar o texto, sem mencionar o ministro da Fazenda.
![Tuíte de Gleisi Hoffmann](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2024/06/12131500/gleisihaddad-600x274.jpg)
Conforme noticiou o jornal Folha de S. Paulo, a Fazenda estuda propor a alteração das regras orçamentárias para saúde e educação de forma a aproximar o crescimento dessas despesas à lógica do arcabouço fiscal.
De acordo com um integrante da equipe econômica ouvidos pelo jornal, o crescimento real dos pisos passaria a ser limitado aos mesmos 2,5% previstos no arcabouço.
O grupo de Gleisi no PT, entretanto, é crítico de medidas de contenção de gastos, como seria o caso da inclusão dos gastos com saúde e educação dentro do arcabouço fiscal.
A presidente do PT, inclusive, já fez outras críticas públicas ao atual ministro da Fazenda. Ela criticou, por exemplo, a insistência de Haddad em defender o “déficit zero” no resultado primário de 2024.
Dor de cabeça para Haddad
A iniciativa da Fazenda sobre os pisos da saúde e educação é mais um capítulo do imbróglio criado após a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia.
O ministro da Fazenda já tinha virado alvo do Congresso nos últimos dias ao tentar compensar as perdas da desoneração com a medida provisória que mudava as regras de comensação de créditos do PIS/Confins.
A MP acabou devolvida pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após forte reação das duas Casas do Legislativo e duras críticas de setores que seriam afetados pela mudança tributária.