Zé Trovão demite ex-funcionário acusado de assédio sexual na Embratur
Gabinete de Zé Trovão alega “questões estratégicas”; Figueiredo foi investigado por assédio sexual contra subordinada de 21 anos
atualizado
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O deputado Zé Trovão, do PL de Santa Catarina, demitiu nesta segunda-feira (27/2) de seu gabinete o ex-assessor da Embratur Marcus Thiago de Oliveira Figueiredo, exonerado da agência depois de ser investigado por assédio sexual. Figueiredo ficou no cargo por cerca de 20 dias, com um salário de R$ 7,5 mil mensais.
Procurado pela coluna, o gabinete de Trovão alegou que a demissão aconteceu por “questões estratégicas e administrativas”. A contratação de Figueiredo foi noticiada pelo repórter Guilherme Seto na semana passada.
Deputado de primeiro mandato eleito pela sigla de Jair Bolsonaro, Trovão usa uma tornozeleira eletrônica por ordem do STF. Em 2021, foi preso por organizar um “levante” contra a democracia em ameaças antes do Sete de Setembro daquele ano, segundo a Procuradoria-Geral da República.
Figueiredo trabalhou na Embratur de janeiro a setembro de 2020 como coordenador-geral de Tecnologia da Informação da empresa pública. Em agosto, o Metrópoles mostrou que ele respondia a uma sindicância por suposto assédio sexual a uma subordinada de 21 anos. Segundo as mensagens da apuração, Figueiredo disse à funcionária: “Você sente tesão em mim?”, ao que ela respondeu: “Thiago, sinceramente, não. Te vejo como amigo. Nunca olhei você com esses olhos”.
O funcionário foi demitido antes da conclusão da investigação interna da Embratur. E seguiu com bom trânsito no governo Bolsonaro. Como informou a coluna, uma semana depois da exoneração, Figueiredo se encontrou com Jair Bolsonaro e médicos em uma reunião para atacar vacinas contra a Covid.