YouTube veta ataques à eleição de 2018; live de Bolsonaro deve cair
Youtube atualizou política e agora proibirá mentiras sobre fraude nas eleições de 2018; novas atualizações sobre o assunto podem acontecer
atualizado
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O YouTube atualizou suas políticas de uso e passou a proibir conteúdo mentindo que houve fraude nas eleições de 2018. A plataforma também incluiu críticas infundadas ao funcionamento das urnas eletrônicas nas últimas eleições presidenciais entre os assuntos que não serão tolerados.
As mudanças atingem em cheio vídeos de Jair Bolsonaro, que recorrentemente põe em dúvida as eleições de 2018 em uma estratégia para questionar o pleito deste ano. O maior exemplo foi a live que o presidente fez em 29 de julho do ano passado, dedicada a questionar o resultado nas últimas eleições.
A transmissão foi feita pela TV Brasil, um órgão público, e segue até hoje disponível no YouTube. Com a nova política, o vídeo será removido.
Vídeos já publicados no YouTube que desrespeitam a nova política serão removidos, mas o criador do conteúdo não será punido. As advertências, suspensões e, em último caso, exclusões começarão depois de um período de adaptação de 30 dias.
A atualização do YouTube traz para o Brasil algo que a plataforma já fez nos Estados Unidos e na Alemanha, mas com uma diferença substancial. Nos outros dois países a política foi adotada depois das eleições e não antes, como é o caso brasileiro.
A única exceção à regra é para conteúdo jornalístico que fale sobre urnas eletrônicas ou fraude nas eleições de 2018. Nesse caso, há regras específicas a serem seguidas que garantam um tratamento contextualizado, justo e não enviesado do assunto.
A mudança que entra em vigor hoje pode não ser a última relacionada às eleições. “É um primeiro passo. Ao longo do tempo vamos avaliar se está funcionando. Não significa que não vai ser atualizado posteriormente”, disse a gerente de Políticas Públicas do YouTube no Brasil, Alana Rizzo.
Outra alteração é que o YouTube passará a exibir dois painéis no site, criados em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral, com informações verídicas sobre eleições e urnas eletrônicas. Um aparecerá quando o usuário buscar por termo que indique desinformação, como “urna segura”, “urna venezuelana” e “urna chinesa”. O outro estará na watchpage da página.