Xadrez para emplacar ministeriáveis provoca atritos dentro do PSB
Movimentos independentes de lideranças que almejam ministérios e demandas da bancada por cargos aproximam o PSB de mais uma crise
atualizado
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O PSB se aproxima de mais uma crise. A pressão de lideranças por ministérios no governo Lula tem causado estranhamentos entre os quadros do partido.
Na quarta-feira à noite (30/11), o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, jantou com deputados do PSB que serão empossados em 2023. Alguns parlamentares disseram a Alckmin que o partido possui diversos quadros relevantes que não foram eleitos e que deveriam participar do governo.
Alckmin ouviu calado. Quando um dos presentes afirmou que os pedidos não deveriam ser endereçados a Alckmin, o vice-presidente eleito se virou para o correligionário e fez um sinal de joia.
Entre os ministeriáveis do partido estão o senador eleito Flávio Dino, o ex-governador Márcio França, o deputado Marcelo Freixo e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.
Dino é visto como uma escolha certa para o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Petistas afirmam que a nomeação contemplará uma das posições destinadas ao PSB, mas os pessebistas alegam que a indicação fará parte da cota pessoal de Lula, até por Dino ser neófito no partido.
Integrantes do partido próximos a França têm dito que a única indicação do PSB seria o ex-governador, para chefiar Cidades. Por fazer parte do grupo da área na transição, França tem discursado sobre assuntos relacionados à futura pasta, e sua postura na disputa é considerada muito agressiva.
Outro nome na corrida por um ministério, Marcelo Freixo participa do grupo de transição do Turismo, e é visto como um dos cotados para a pasta.
Paulo Câmara também tem sido citado para comandar diferentes pastas, entre elas a Controladoria-Geral da União.