Vinte dos 22 ministérios de Bolsonaro se calam sobre apoio ao voto impresso
Apenas general e empresário defenderam pauta bolsonarista; em live, presidente distorceu fatos
atualizado
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Contrariando Jair Bolsonaro em sua live, apenas dois dos 22 ministros defenderam o voto impresso. Nesta quinta-feira (29/7), quando distorceu fatos e atacou o sistema eleitoral em uma live, Bolsonaro disse que todos os ministros de seu governo defendiam a adoção do voto impresso.
“Tenho 22 ministros que interagem comigo e estão imbuídos desse mesmo propósito. Todos os ministros querem o voto auditável, querem a contagem pública de votos. Será que eles estão errados?”, declarou Bolsonaro no Palácio da Alvorada, ao lado do coronel Eduardo Gomes, empregado na Casa Civil com um salário de R$ 13,6 mil.
Nesta sexta-feira (30/7), a coluna questionou às 22 pastas qual era o posicionamento dos ministros. Só duas responderam: a Secretaria-Geral da Presidência, comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos, e o Ministério do Turismo, chefiado pelo empresário Gilson Machado.
Ambos disseram defender a proposta bolsonarista. Ramos pregou o “aperfeiçoamento” da urna eletrônica, enquanto Machado pediu o “voto auditável”, o que já é garantido pela Justiça Eleitoral.