metropoles.com

Vídeo: “Que merda de diferença faz?”, diz juíza em audiência

“Odeio fazer audiência virtual”, diz juíza Cleuza Gonçalves Lopes, do TRT-18; juíza e tribunal não comentam xingamento de magistrada

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
Juíza Cleuza Gonçalves Lopes, do TRT-18
1 de 1 Juíza Cleuza Gonçalves Lopes, do TRT-18 - Foto: Reprodução

A juíza Cleuza Gonçalves Lopes, do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), em Goiânia, xingou e, em uma sessão na semana passada, disse odiar presidir audiências virtuais. Lopes afirmou ainda que teria uma “alegria enorme” se deixasse de julgar o processo em questão.

A audiência da Justiça do Trabalho aconteceu no último dia 20. A advogada apontou que a magistrada havia cometido um erro ao preencher a ata da sessão. “A ata é minha, eu escrevo o que eu quiser nela”, disse a juíza. Confrontada novamente pela advogada, rebateu: “Que merda de diferença faz?”. Quando foi questionada sobre o xingamento, rebateu: “Isso mesmo”.

Veja o vídeo:

Em outro trecho, a juíza Cleuza Gonçalves Lopes reclamou: “Odeio fazer audiência virtual. Odeio. E não é pouco não. Todo mundo se acha no direito. […] Todo mundo acha que é juiz nas audiências virtuais”.

A advogada se queixou de que a juíza estava tratando uma testemunha de modo diferente em relação aos outros depoimentos do processo. “Olha, que bonitinho, depois de 40 anos, eu estou aprendendo como é que pergunta para testemunha”, ironizou a magistrada.

“É só levantar a minha parcialidade e eu vou declarar com o maior prazer; um processo a menos para julgar, ainda mais um banco. Vou ter uma alegria enorme. Eu tenho 300 processos por mês, não vai fazer diferença”, seguiu a juíza do TRT-18.

Procurada, a juíza Cleuza Gonçalves Lopes não respondeu.

O TRT não comentou as declarações da juíza. O tribunal afirmou que a audiência virtual em questão está em sigilo e que sua divulgação é uma “violação legal”.

“O tribunal ressalta que preza sempre pelo respeito mútuo, urbanidade e cooperação com todos os órgãos que compõem o sistema de justiça. A Justiça do Trabalho goiana reafirma sua crença nas relações harmoniosas e respeitosas que tem cultivado com a advocacia ao longo de seus quase 34 anos de existência”, afirmou o TRT de Goiás.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?