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Vice-presidente do PT diz que Dilma não tem mais relevância eleitoral

A ex-presidente Dilma Rousseff não compareceu ao jantar que reuniu Lula e Geraldo Alckmin em um restaurante em São Paulo

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Dilma
1 de 1 Dilma - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, disse nesta quarta-feira (29/12) que a ex-presidente Dilma Rousseff não tem mais relevância eleitoral para o partido. Dilma não compareceu ao jantar que reuniu Lula e Geraldo Alckmin em São Paulo, no último dia 19. O Grupo Prerrogativas, formado por advogados que organizaram o evento, afirma ter convidado a ex-presidente, mas ela alega que não foi chamada.

“A Dilma é ex-presidente e tem o papel dela. Mas, do ponto de vista eleitoral, não”, disse Quaquá, ao ser questionado sobre a ausência da ex-presidente no jantar. “Existe um pedaço pequeno do PT que ainda fica nesse negócio de golpe. Política não se faz com ressentimento, se faz pensando em estratégias para transformar a vida do povo”, afirmou.

O vice-presidente do PT disse que “talvez a Dilma não foi ao jantar por causa disso”. Quaquá pontuou que a “direita resolveu rasgar a democracia” no impeachment da ex-presidente, mas afirmou que “o governo Dilma se atrapalhou na negociação com o Congresso e abriu a brecha para que se formasse maioria contra ela”.

Segundo ele, o PT precisará “levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima” na próxima eleição. “Se você se apegar ao passado, não vai nem querer o voto de quem votou no Bolsonaro. Temos que desconsiderar o passado para pensar no futuro”, disse.

Quadros históricos do PT, como o ex-deputado José Genoíno e o ex-presidente do partido Rui Falcão, têm mostrado contrariedade com a formação de uma aliança entre Lula e Alckmin.

Em outros tempos, uma parceria entre os dois seria impensável. Em 2006, Lula chamou o ex-governador de “picolé de chuchu”, enquanto Alckmin acusou o petista de ser “chefe de quadrilha”.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

Igo Estrela/Metrópoles
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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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