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Vice do Flamengo é acusado de criar fake para atacar oposição, torcida e até aliados

Vice-presidente Jurídico do Flamengo é acusado de criar perfil falso para se defender, atacar a oposição e torcedores

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Reprodução/Flamengo
Rodrigo Dunshee com uniforme do Flamengo e medalha
1 de 1 Rodrigo Dunshee com uniforme do Flamengo e medalha - Foto: Reprodução/Flamengo

O vice-presidente Jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, é acusado de criar um perfil fake no Twitter para atacar opositores e torcedores que o criticam, para defender o presidente do clube, Rodolfo Landim, e até para postar contra aliados deles no clube. As suspeitas começaram nesta sexta-feira (12/5), após Dunshee publicar um texto em seu Twitter, apagar e, minutos depois, o perfil fake, que tem um nome com as mesmas iniciais do vice, “Roberto Dondien”, publicar o mesmo texto. O perfil foi excluído após seguidores levantarem a suspeita. Dunshee segue calado sobre a acusação, mas a possível descoberta poderá lhe trazer problemas jurídicos.

Um dos alvos de ataque preferidos do perfil fake é o deputado Eduardo Bandeira de Mello, do PSB do Rio de Janeiro, ex-presidente do Flamengo, que estuda oficiar o Twitter por meio da Câmara dos Deputados para identificar o autor do perfil. A conta publicou diversas ofensas a Bandeira de Mello, que é opositor de Landim. À coluna, o deputado disse que estuda quais medidas judiciais deve tomar.

“Eu recebi os prints e devo oficiar por meio da Câmara, como sou o principal alvo dos ataques. Não me surpreenderia se realmente for o Rodrigo Dunshee”, disse Bandeira de Mello.

Em um dos tuítes, o perfil fake acusou o deputado de ter causado o incêndio do Ninho do Urubu, que matou dez atletas da base do Flamengo. O crime, contudo, aconteceu em 2019, primeiro ano da gestão Landim. Diz o tuíte publicado também nesta sexta-feira (12/5) em resposta a uma postagem de Bandeira de Mello sobre o Dia do Nordestino:

“Você já visitou as famílias nordestinas cujos filhos você maltratou e deixou morrer no CT do Ninho do Urubu? Você colocou as crianças em um container sem alvará e sem a licença dos bombeiros. O que tem a dizer?”.

Outro alvo do perfil é o presidente do Conselho de Administração do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, supostamente um aliado. A conta fake disse em um tuíte que Bap, como Baptista conhecido, é “odiado” e que deveria sair do clube. Procurado, Bap não respondeu.

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O perfil também ataca torcedores que criticam o clube e, principalmente, dirigentes do Flamengo críticos à gestão atual. Em tuítes, o fake defende Dunshee de ataques e faz elogios à gestão Landim.

Em setembro de 2022, um torcedor respondeu um tuíte de Dunshee, em sua conta verdadeira, dizendo que os preços do ingressos dos jogos estavam muito altos e pedindo para o vice-presidente jurídico do Flamengo “ajudar a torcida”. O perfil fake, então, respondeu:

“Para de choramingar [sic]. Paga a conta do time de craques. Ou então vai pro bar com TV”.

O perfil fake atacou também, em setembro de 2021, um sócio benemérito que criticou a diretoria do Flamengo e declarou voto em Marco Aurélio Assef, opositor derrotado por Landim nas eleições de 2021 para a presidência do clube.

“Engraçado é que essa diretoria continua pagando o salário do seu pai – apesar dele (sic) não trabalhar mais há muito tempo. Aí vc aplaude, claro. Vc acha que o Flamengo é fundo de previdência? Assume as contas e deixe de ser ingrato”, disse o fake no tuíte.

O pai de Michel Helal é George Helal, que foi duas vezes presidente do Flamengo, entre 1983 a 1986, logo após o Flamengo ganhar o Mundial de Clubes, e é Grande Benemérito do clube.

Procurado, o vice-presidente Jurídico do Flamengo não respondeu aos questionamentos da coluna. O clube também foi procurado para se posicionar, mas também não deu retorno. O espaço está aberto para manifestações.

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metropoles.comGuilherme Amado

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