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Venezuela: Haddad, Múcio e outros ministros-chaves de Lula se calam

12 ministros não disseram se consideram Venezuela democracia ou ditadura; 5 países apontam vitória de opositor de Maduro

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Ricardo Stuckert
Imagem colorida mostra Lula e Maduro assinam tratados - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Lula e Maduro assinam tratados - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert

Doze ministros do governo Lula se calaram sobre a situação na Venezuela, em meio a fortes suspeitas de fraudes nas eleições presidenciais no país no último domingo (28/7). A coluna questionou os ministros se definiam a Venezuela como democracia ou ditadura. Nenhum respondeu.

Na última quarta-feira (31/8), a coluna enviou as mesmas perguntas por e-mail para doze ministros, por meio da assessoria de imprensa das pastas: “Qual é a definição do ministro para o regime político atual da Venezuela (democracia, ditadura, outros)? E para a eleição presidencial disputada no último domingo no país?”.

Foram questionados os seguintes ministros: Rui Costa, da Casa Civil; José Mucio, da Defesa; Ricardo Lewandowski, da Justiça; o vice-presidente Geraldo Alckmin, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Silvio Almeida, dos Direitos Humanos; Fernando Haddad, da Fazenda; Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União; Marcos Amaro, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Alexandre Padilha, de Relações Institucionais; Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral; e Margareth Menezes, da Cultura.

Nenhum ministro respondeu às perguntas. Por telefone, a Defesa e o GSI alegaram que a demanda deveria ser repassada ao Itamaraty. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, foi questionada, mas sua assessoria afirmou que ela está de férias.

A reeleição do presidente venezuelano no último domingo tem sido fortemente contestada pela comunidade internacional, o Brasil incluso, que pressiona pela apresentação das atas de votação. Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica e Estados Unidos declararam a vitória do oposicionista Edmundo González. Nicolás Maduro, que ameaçou um “banho de sangue” em caso de derrota, disse ter vencido e se recusou a apresentar os dados das urnas. O chavista está no poder há onze anos.

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Protestos tomam conta da Venezuela, após resultado de suposta reeleição de Nicolás Maduro
Protestos tomam conta da Venezuela, após resultado de suposta reeleição de Nicolás Maduro
Ato de oposição a Nicolás Maduro, em Caracas, nesta terça-feira (30/7)
Ato de oposição a Nicolás Maduro, em Caracas, nesta terça-feira (30/7)
Ato de oposição a Nicolás Maduro, em Caracas, nesta terça-feira (30/7)
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Protestos tomam conta da Venezuela, após resultado de suposta reeleição de Nicolás Maduro

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Protestos tomam conta da Venezuela, após resultado de suposta reeleição de Nicolás Maduro

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Protestos tomam conta da Venezuela, após resultado de suposta reeleição de Nicolás Maduro

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Ato de oposição a Nicolás Maduro, em Caracas, nesta terça-feira (30/7)

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Nicolás Maduro é herdeiro político de Hugo Chávez

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Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato presidencial em uma eleição marcada por polêmicas

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Líder da oposição, ex-deputado Freddy Superlano foi capturado por homens de preto nessa terça-feira (30/7)

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Apesar da cobrança do governo brasileiro pela comprovação da lisura eleitoral na Venezuela, Lula disse na terça-feira (30/7) que não via nada “anormal”, “grave” ou “assustador” na eleição venezuelana. O partido do presidente foi além. A Executiva Nacional do PT reconheceu a eleição de Maduro e classificou o pleito de uma “jornada pacífica, democrática e soberana”.

Em entrevista à coluna na quarta-feira (31/7), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que o regime de Maduro não é uma democracia. “Na minha opinião pessoal, eu não falo pelo governo, não se configura como uma democracia. Muito pelo contrário”, afirmou. E completou: “Um regime democrático pressupõe que as eleições são livres”.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, disse na quinta-feira (1º/8) que a eleição venezuelana não teve “idoneidade”, isto é, não foi confiável. “Uma eleição em que os resultados não são passíveis de certificação e onde observadores internacionais foram vetados é uma eleição sem idoneidade”, disse Randolfe.

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