Venda da Braskem alerta Senado sobre responsabilidade com acidente em Maceió
Afundamento em Maceió, provocado por ação da Braskem, será tema de audiência da Comissão de Relações Exteriores
atualizado
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A possível venda da Braskem fez a Comissão de Relações Exteriores do Senado marcar uma audiência para esta segunda-feira (8/5) sobre o impacto da exploração de sal-gema no afundamento de bairros de Maceió. A Braskem demora quase três anos para retomar as obras paradas no eixo metropolitano de Maceió devido ao acidente de mineração que deslocou mais de 60 mil pessoas.
A audiência foi pedida por Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, presidente da comissão. O governo do estado apresentará aos senadores dados de um parecer técnico encomendado pela Secretaria de Fazenda à consultoria Finance que mostram como, três anos depois do ápice da exploração do minério pela Braskem, o acidente geológico segue deslocando pessoas que não podem ficar na região.
O relatório mostra que as perdas em Alagoas já chegam a bilhões. Só a retomada de escolas e hospitais da região atingida pelo acidente demandaria um investimento de R$ 72 milhões.
No sábado, Renan Calheiros afirmou que “Alagoas e o Senado não admitem que resolvam primeiro o problema da Braskem sem resolver o problema do estado de Alagoas”.