Vem aí uma batalha judicial por “Lisbela e o Prisioneiro”
Distribuidora Imagem Filmes anunciou continuação de “Lisbela e o prisioneiro” sem contatar profissionais envolvidos no filme de 2003
atualizado
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Uma disputa em torno dos direitos autorais de “Lisbela e o prisioneiro”, filme de 2003, tem tudo para acabar na Justiça. A distribuidora Imagem Filmes anunciou a continuação da obra sem contatar nenhum dos envolvidos no primeiro: a produtora Paula Lavigne, o diretor Guel Arraes, os protagonistas Selton Mello e Débora Falabella, entre outros.
A insatisfação de quem fez “Lisbela e o prisioneiro” veio a público na semana passada por meio de Selton Mello, que criticou nas redes sociais a “tamanha deselegância” da empresa.
O filme foi dirigido por Guel Arraes, com roteiro de Arraes, Jorge Furtado e Pedro Cardoso; produção de Paula Lavigne; e atuação estrelada por Selton Mello e Débora Falabella. A distribuição foi da Globo Filmes. Ninguém foi procurado pela Imagem Filmes, que na semana passada anunciou “Lisbela e o prisioneiro 2” no evento Expocine.
A produtora Paula Lavigne afirmou que ainda aguarda um contato da empresa. “Estou sem entender nada”, disse.
Pessoas que trabalharam no filme suspeitam que a Imagem Filmes pode ter comprado os direitos autorais da peça “Lisbela e o prisioneiro”, que tem um roteiro diferente do longa-metragem. Por isso, avaliam que o filme não poderia levar o mesmo nome do sucesso de bilheteria em 2003.
Procurado pela coluna, o presidente da Imagem Filmes, Marcos Scherer, afirmou que o filme está em “início de desenvolvimento”, e que uma produtora tenta aprová-lo junto à Agência Nacional de Cinema (Ancine). Scherer não detalhou o que será o longa-metragem.
“A Imagem é o distribuidor, e não o produtor. O produtor deve entrar em contato com todos, mas entendo que, sem o projeto devidamente aprovado na Ancine, não faz sentido ele procurar as pessoas, já que sem esta fase concluída o projeto não existe”, disse.
“Lisbela e o prisioneiro” foi um sucesso de bilheteria, com 3,2 milhões de espectadores nos cinemas em 2003. A obra recebeu os prêmios de Melhor Ator, com Selton Mello, e Melhor Trilha Sonora, com João Falcão e André Moraes, no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, atual Prêmio Grande Otelo.
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