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Veja a live com Lucas Figueiredo, jornalista que investigou a ditadura

Sob o mote “Remoer para não se repetir”, as lives abordarão temas que, mesmo quase 40 anos após o fim da ditadura, seguem atuais

atualizado

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Divulgação/Companhia das Letras
Lucas Figueiredo
1 de 1 Lucas Figueiredo - Foto: Divulgação/Companhia das Letras

O jornalista e escritor Lucas Figueiredo será o primeiro entrevistado na série de conversas ao vivo que a coluna fará, a partir de hoje, às 15h, para marcar os 60 anos do Golpe de 1964. Sob o mote “Remoer para não se repetir”, as lives abordarão temas que, mesmo quase 40 anos após o fim da ditadura, seguem atuais, diante da dificuldade de muitos militares entenderem as regras do jogo democrático e o papel que, constitucionalmente, cabe a eles.

Figueiredo é autor de sete livros, a maioria reportagens históricas, como “Ministério do silêncio — a história do serviço secreto de Washington Luís a Lula” e “Lugar nenhum: militares e civis na ocultação dos documentos da ditadura”. Ganhou três vezes o Prêmio Esso, duas vezes o Vladimir Herzog e uma vez o Jabuti, na categoria de não-ficção. Foi pesquisador da Comissão Nacional da Verdade e atualmente escreve a biografia de Juscelino Kubitschek, para a Companhia das Letras.

Na entrevista, Figueiredo falará à coluna sobre o silêncio dos militares em relação aos crimes que cometeram na ditadura e o impacto para o país da postura submissa que, com raras exceções, governantes adotam em relação aos fardados.

O título da série de entrevistas faz referência a uma frase de Lula, numa entrevista recente, em que o presidente disse que os esforços para manter viva a memória do que ocorreu na ditadura seria “remoer o passado”. A coluna entende que, sim, trata-se de remoer o passado, o que, do ponto de vista da história, nunca é um erro, mesmo que em nome de circunstancialmente se evitar o confronto com as Forças Armadas.

Os militares que Lula considera que não devem ser melindrados com atos de lembrança de 1964 são os mesmos que viram na Comissão da Verdade, instaurada por Dilma Rousseff, uma provocação e, a partir daí, voltaram a se imiscuir de maneira escancarada na política, em uma afronta à Constituição. Não se negocia com golpistas numa democracia.

A lógica da anistia, se pertinente e necessária para a retomada do poder civil no fim dos anos 1970 e ao longo dos anos 1980, hoje soa mais como covardia e um perigoso aval para que novos golpes sejam engendrados.

Assista ao vivo nas redes do Metrópoles à conversa com Lucas Figueiredo.

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