Vaccari quer Petrobras fora de assistência de acusação da Lava Jato
Petrobras está na assistência de acusação da Lava Jato por iniciativa própria e com aval do ex-juiz Sergio Moro; Vaccari defende saída
atualizado
Compartilhar notícia
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto tem defendido junto ao governo que a Petrobras saia da assistência de acusação da Lava Jato, posição que ocupa desde 2015 por iniciativa própria e com o aval do então juiz Sergio Moro. Desde então, a empresa está ao lado do Ministério Público Federal (MPF) nos processos contra empreiteiros, lobistas e ex-diretores que foram presos, entre eles Nestor Cerveró (Internacional), Renato Duque (Serviços) e o finado Paulo Roberto Costa (Abastecimento). O tema divide opiniões no governo e tem como pano de fundo a disputa de narrativas em torno dos crimes descobertos na Petrobras.
O argumento de Vaccari é que a Petrobras, ao se manter ao lado do MPF, acaba agindo contra o governo, formado por muitos quadros que foram investigados ou eram aliados de alvos da Lava Jato. Ele considera necessário que a empresa deixe a posição para reforçar o que Lula vem falando sobre a Lava Jato ter como objetivo, na verdade, destruir a empresa para criar condições para sua privatização.
Disse Lula em junho, na posse de Magda Chambriard, nova presidente da estatal:
“Com o falso argumento de combater a corrupção, a Operação Lava Jato queria o desmonte da Petrobras. Se fosse verdade o discurso, que se punisse os corruptos, deixando intacto o patrimônio do povo brasileiro. (…) A operação Lava Jato na verdade mirava o desmonte e a privatização da Petrobras. O que fizeram foi tentar destruir a imagem da empresa”.
A tese de Vaccari não é nova e já havia sido apresentada a Jean Paul Prates. A expectativa é que agora o mesmo pleito seja levado a Magda Chambriard.