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Uso de gás em espaço fechado não é técnica da PRF, diz ex-agente

A Polícia Rodoviária Federal disse que os agentes usaram “técnicas de imobilização e menor potencial ofensivo para contenção”

atualizado

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homem sufocado em câmara de gás polícia sergipe
1 de 1 homem sufocado em câmara de gás polícia sergipe - Foto: Reprodução

O deputado José Medeiros, do PL do Mato Grosso, que foi agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por mais de 20 anos, afirmou que o uso de gás de pimenta e lacrimogêneo em espaços fechados não faz parte do treinamento de técnicas de imobilização e abordagem da corporação.

Nesta quarta-feira (25/5), agentes da PRF do Sergipe prenderam Genivaldo de Jesus, um homem de 58 anos, dentro da viatura e o sufocaram até a morte com spray de pimenta. A corporação alegou que foram usadas “técnicas de imobilização e menor potencial ofensivo para contenção”, mas que “o abordado veio a passar mal” e posteriormente “foi contestado o óbito“.

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Dentro do carro, foi feita uma espécie de "câmara de gás", que causou a morte de Genilvado por asfixia, segundo laudo do IML
Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofrenia
Fabiana dos Santos, esposa de Genivaldo
O enterro de Genivaldo foi marcado por choro, gritos e aplausos. A PF e o MPF abriram investigações para apurar o caso
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Agentes da PRF colocam Genivaldo de Jesus Santos em viatura

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Dentro do carro, foi feita uma espécie de "câmara de gás", que causou a morte de Genilvado por asfixia, segundo laudo do IML

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Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofrenia

Arquivo Pessoal
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Fabiana dos Santos, esposa de Genivaldo

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O enterro de Genivaldo foi marcado por choro, gritos e aplausos. A PF e o MPF abriram investigações para apurar o caso

Material cedido ao Metrópoles

À coluna, Medeiros disse que o fato é “uma tragédia” e que não condiz com “a imagem da PRF”. O parlamentar explicou que nos treinamentos de imobilização, os agentes são ensinados a colocar o abordado que apresenta resistência dentro do camburão ou usar spray de pimenta ao ar livre, mas “em hipótese alguma” os dois juntos.

“A PRF tem a abordagem mais humana possível, eu não sei o que ocorreu ali, mas a imagem que fica é do homem se debatendo, querendo sair, e os policiais forçando a porta com aquele gás saindo. É uma tragédia, é muito triste. Tanto para a imagem da PRF, quanto para a família da vítima“, disse o deputado.

Procurada, a Polícia Rodoviária Federal não respondeu aos questionamentos da coluna sobre a legalidade da técnica de imobilização adotada pelos agentes. O espaço está aberto para manifestações.

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