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Única sobrevivente do atentado a Marielle: “5 anos sem justiça é muito”

Única sobrevivente do atentado há 5 anos, Fernanda Chaves organizou exposição sobre Marielle Franco que estreará na Câmara nesta 4ª-feira

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Bruna Menezes/Divulgação
Única sobrevivente do atentado a Marielle, jornalista Fernanda Chaves organiza exposição na Câmara em homenagem à vereadora
1 de 1 Única sobrevivente do atentado a Marielle, jornalista Fernanda Chaves organiza exposição na Câmara em homenagem à vereadora - Foto: Bruna Menezes/Divulgação

A jornalista Fernanda Chaves, única sobrevivente do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes há exatos cinco anos, afirmou nesta terça-feira (14/3) que a demora em solucionar o crime é “inaceitável” e impacta a rotina de sua família. Chaves e outra ex-assessora de Marielle organizaram uma exposição sobre Marielle que estreará na Câmara nesta quarta-feira (15/3).

“Cinco anos sem que se tenha feito justiça é muito tempo. É inaceitável. Meia década e seguimos perguntando a mesma coisa, o que é aviltante. Uma pandemia e um governo genocida no meio – que não só fez questão de tentar diminuir e desqualificar esse tema, como contribuiu com fake news sobre Marielle Franco, o que é grotesco”, disse Fernanda Chaves à coluna.

A ex-assessora de Marielle elogiou o apoio público do governo Lula à elucidação do caso. Disse que o aceno traz esperança, mas acrescentou que deveria ser o mínimo em uma gestão comprometida com a justiça. Chaves afirmou ainda que a solução do crime é necessária para recuperar a confiança em um país democrático.

“Embora tenha passado tanto tempo, esse evento ainda tem implicações cotidianas na minha família. Eu costumo dizer que quando você não sabe de onde veio o ataque, você não sabe do que se proteger. Esse crime precisa ser esclarecido para que a gente possa restabelecer a confiança no Estado democrático de direito”.

Na manhã desta quarta-feira (15/3), será inaugurada uma exposição na Câmara em homenagem à vereadora brutalmente morta em 2018. A mostra, batizada de “Marielle Franco nesse lugar”, foi organizada por Fernanda Chaves e Priscilla Brito, outra ex-assessora da vereadora, com a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco.

O nome para a exposição remete a um trejeito de linguagem frequentemente usado por Marielle na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Quando divagava sobre um assunto e queria voltar ao tema principal, a vereadora dizia: “Então, nesse lugar…”.

“Como profissional de comunicação, eu tentava treiná-la para polir essas declarações. Mas hoje esse termo nunca fez tanto sentido. A Marielle está em todos os lugares, inclusive na Câmara dos Deputados”, disse a jornalista.

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