Luciano Bivar comunicou a aliados que desistiu de disputar a presidência da República, conforme havia adiantado a rádio CBN. E mais: anunciou que planeja lançar a senadora Soraya Thronicke, ex-bolsonarista, ao Planalto, como informou o colunista do Metrópoles Igor Gadelha. O partido também está discutindo como seria o discurso adotado pela senadora em relação a Lula e Bolsonaro.

Uma coletiva de imprensa está sendo organizada para a próxima terça-feira (2/8). Se confirmado esse cenário, Bivar, que praticamente nunca pontuou nas pesquisas de intenção de voto, tentará novamente uma cadeira na Câmara dos Deputados por Pernambuco.

Assim, o União continuaria com uma candidatura própria e destinaria o latifúndio de tempo de televisão a um nome do partido.

Diante do desafio de nacionalizar o nome da senadora, e da provável derrota na disputa, Thronicke poderá retomar a cadeira no Senado em 2023. Eleita em 2018, na esteira do antipetismo, ela ainda tem mais quatro anos de mandato.

Thronicke tem dito a aliados que pretende fazer uma campanha crítica a Lula e também a Bolsonaro, que, em sua visão, teria se perdido e se afastado de promessas de campanha ao longo do mandato presidencial.

No partido, correligionários simpáticos a Lula ou a Bolsonaro têm insistido para que as críticas feitas por ela sigam o tom ameno adotado por Bivar, de maneira que não os atrapalhe em suas campanhas regionais a deputado.

A senadora era cotada para vice, numa chapa puro-sangue, encabeçada por Bivar. Nos últimos dias, o deputado flertou com o PT, mas uma aliança no primeiro turno entre os partidos, pelo menos da maneira como estão hoje as negociações, não deverá prosperar.