Último líder de Bolsonaro contradiz PL sobre filiação de Marcos do Val
PL informou que filiação de Marcos do Val seria nesta quinta-feira, mas último líder de Bolsonaro no Senado afirmou que não havia acordo
atualizado
Compartilhar notícia
O último líder do governo Bolsonaro no Senado, Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, contradisse a versão do próprio partido sobre a filiação de Marcos do Val. Ele afirmou que a sigla do ex-presidente não havia concordado com a filiação do senador do Podemos.
O motivo, segundo Portinho, seria a predominância do senador Magno Malta no diretório do Espírito Santo. “Não havia sido aceita. Lá [no Espírito Santo] é Magno Malta”, disse Portinho, em mensagem enviada à coluna.
A declaração de Portinho vai de encontro ao posicionamento emitido anteriormente pelo PL. À coluna o partido informou que Marcos do Val havia pedido para se filiar na segunda-feira (30/1) — antes de ter acusado Bolsonaro em uma live nas redes sociais. O PL confirmou que haveria uma cerimônia na sede da sigla, em Brasília, para o senador assinar a ficha de filiação.
O PL tenta se dissociar do imbróglio envolvendo Marcos do Val desde a manhã desta quinta-feira (2/2). O senador denunciou o envolvimento do ex-deputado Daniel Silveira e de Bolsonaro em novo caso de golpismo.
O partido já enfrenta problemas para arcar com despesas básicas. O PL teve as contas bloqueadas pelo ministro Alexandre de Moraes por ter contestado o resultado da eleição presidencial sem apresentar provas. A multa aplicada à sigla foi de R$ 22,9 milhões.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também foi intimado a prestar depoimento à Polícia Federal. O dirigente partidário afirmou, em entrevista à jornalista Jussara Soares, que havia propostas de decreto golpista “na casa de todo mundo”.
Marcos do Val permanecerá filiado ao Podemos. Ele desistiu de renunciar ao mandato.