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Por que uma das maiores marcas do mundo pediu recuperação judicial

Tupperware pediu recuperação judicial nos Estados Unidos nessa terça-feira, em meio a uma grave crise financeira

atualizado

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Scott Olson/Getty Images
Imagens coloridas de potes de plástico da Tupperware
1 de 1 Imagens coloridas de potes de plástico da Tupperware - Foto: Scott Olson/Getty Images

Marca que acabou se tornando sinônimo de potes de plástico para armazenar alimentos, a Tupperware pediu recuperação judicial nos Estados Unidos nesta terça-feira (17/9).

Até protocolar o pedido, em uma última cartada da empresa para evitar a falência, a marca passou por uma grave crise nos últimos anos.

As razões para a decadência da Tupperware passam pelo declínio do método de vendas baseado nas “festas Tupperware”, que fez a fama e a fortuna da marca nos Estados Unidos e outros países a partir da segunda metade do século passado.

O modelo consiste em vendas por consultores, a exemplo do que fazem nomes do mercado de cosméticos e beleza, como Avon e Natura.

As “festas Tupperware” dos primórdios do negócio e o método baseado em consultores, aliados à demora para migrar ao varejo e às vendas online, criaram dificuldades para atrair consumidores mais jovens. O mesmo nicho também passou a buscar alternativas de produtos mais sustentáveis que o plástico, carro-chefe da Tupperware.

Entre os consumidores mais velhos, que se acostumaram a comprar os produtos da marca ao longo da vida, obstáculos à empresa vieram dos preços mais baixos por produtos chineses e às numerosas opções para compras na internet.

Fundada em 1946 pelo engenheiro Earl Tupper (1907-1983), a Tupperware chegou ao Brasil em 1976.

No começo de abril de 2023, a empresa divulgou ao mercado americano um documento no qual citou dificuldades para cumprir compromissos financeiros e afirmou ter “dúvidas substanciais sobre a capacidade da empresa de continuar operando”. As dívidas da companhia são estimadas em US$ 700 milhões.

O pedido de recuperação judicial da empresa foi feito com base no Capítulo 11 da Lei de Falências dos Unidos, que prevê a suspensão de execução de dívidas enquanto a companhia segue operando e elabora um plano de reestruturação. No comunicado desta terça, a empresa informou que buscará a aprovação para uma venda do negócio.

“A empresa também buscará aprovação do Tribunal para facilitar um processo de venda para o negócio, a fim de proteger sua marca icônica e avançar ainda mais a transformação da Tupperware em uma empresa digital liderada por tecnologia”, afirmou.

 

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metropoles.comGuilherme Amado

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