Toffoli impõe derrota e nega liberdade ao bicheiro Capitão Guimarães
Toffoli considerou que Justiça do RJ não descumpriu decisão sua e manteve Capitão Guimarães em prisão domiciliar
atualizado
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O contraventor Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, um dos chefes da cúpula do jogo do bicho no Rio de Janeiro, seguirá em prisão domiciliar. O ministro Dias Toffoli, do STF, rejeitou um pedido dos advogados do bicheiro para que a medida da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ) contra ele fosse revogada. A decisão foi assinada por Toffoli nessa segunda-feira (25/6).
Em dezembro de 2022, Capitão Guimarães foi preso na Operação Sicários, que apura se ele foi o mandante do assassinato de um pastor em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, em julho de 2020. Aos 82 anos, ele conseguiu prisão domiciliar dois dias depois.
Os advogados de Guimarães alegavam que a prisão preventiva dele já dura muito tempo e que a Justiça do Rio de Janeiro descumpriu uma decisão anterior de Toffoli. O ministro havia ordenado que a defesa do bicheiro, réu em uma ação penal pelo homicídio, tivesse acesso a todo material apreendido na operação contra ele.
Como mostrou a coluna, Dias Toffoli já havia negado liminar para revogar a prisão de Capitão Guimarães e analisaria o caso após receber informações da Justiça fluminense. Depois do envio da resposta pela 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, o ministro entendeu que os advogados tiveram, sim, acesso a todo o material e não houve, portanto, descumprimento à sua decisão.
Em seu despacho dessa segunda, Toffoli também considerou que o argumento de que a prisão preventiva é alongada não pode ser analisado no âmbito de uma reclamação, tipo de processo movido por Capitão Guimarães.