Toffoli dá a Eike Batista acesso às mensagens hackeadas da Lava Jato
Defendido por ex-deputado do PT que presidiu a Câmara, Eike teve decisão favorável do ministro do STF
atualizado
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O empresário Eike Batista, que fechou delação premiada com a Operação Lava Jato, acaba de ganhar do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), o direito de vasculhar a íntegra das mensagens trocadas no Telegram por autoridades da Lava Jato, acessadas e vazadas por hackers e apreendidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing.
Liderados pelo advogado João Paulo Cunha, ex-deputado petista que presidiu a Câmara dos Deputados, os defensores de Eike citaram a delação que o ex-bilionário fechou com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em setembro de 2020, homologada pela então ministra do STF Rosa Weber.
Eles argumentaram que há interesse em acessar o material porque “o mesmo modus operandi ilegal detectado em investigações da Lava Jato de Curitiba era sistematicamente replicado em suas ramificações em Brasília/DF e no Rio de Janeiro/RJ”. Eike foi alvo do braço fluminense da Lava Jato.
O pedido tramita em segredo de Justiça no Supremo. Em sua decisão, assinada nessa segunda-feira (15/4), Toffoli concedeu a Eike extensão das decisões que já garantiram o acesso ao material a diversos políticos e órgãos públicos, com exceção de documentos sigilosos. Caberá à 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal garantir a entrega do conteúdo à defesa do empresário.
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