Testemunha diz que preso no RJ com bomba contra Lula disse ser da milícia
André Stefano Dimitriou Alves de Brito, preso em flagrante por ter arremessado uma bomba de fezes em um comício do Lula no Rio de Janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
A advogada Janira Rocha, que é testemunha na Justiça no caso da bomba que estourou em um comício do Lula no Rio de Janeiro, em julho do ano passado, disse em Juízo que foi ameaçada por André Stefano Dimitriou Alves de Brito, preso em flagrante por ter arremessado uma bomba caseira com fezes.
Em seu depoimento à Justiça no dia 12 de abril, Rocha disse que Brito a ameaçou dizendo ser da milícia da Muzema, região na Zona Oeste da cidade controlada por milicianos e onde ele reside.
A ameaça teria sido feita na delegacia, logo após a explosão da bomba, quando a advogada chegou para ser testemunha do flagrante.
O Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu há alguns meses a quebra do sigilo telemático de Brito, que tem o objetivo de descobrir se a ação foi planejada de forma isolada ou se teve um mandante. Após o recebimento das informações, o MP do Rio pediu a manutenção da prisão do criminoso. O teor da quebra do sigilo está em segredo de Justiça.
Brito foi preso em flagrante no dia 7 de julho do ano passado por arremessar uma bomba caseira contra uma multidão de apoiadores de Lula, que participavam de um comício na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. Para se infiltrar, Brito usava uma blusa preta com adesivos do então candidato à presidência da República e de Marcelo Freixo, que foi candidato ao governo fluminense.
Procurado, o advogado não respondeu aos contatos da coluna. O espaço está aberto para manifestações.