TCU deve mandar joias e armas recebidas por Bolsonaro a cofre na Caixa
Na 4ª feira (15/3), TCU mandou Bolsonaro entregar presentes à Secretaria-Geral da Presidência; relator avalia que órgão não tem estrutura
atualizado
Compartilhar notícia
O Tribunal de Contas da União (TCU) deve mandar que as joias sauditas e as armas dadas pelos Emirados Árabes a Jair Bolsonaro fiquem armazenadas em um cofre na Caixa Econômica Federal. O relator do caso, ministro Augusto Nardes, deve tomar a decisão ainda nesta semana.
Nesta quarta-feira (15/3), o plenário do TCU deu cinco dias para que Bolsonaro devolva as joias que entraram ilegalmente no Brasil, além de uma pistola e um fuzil trazidos no avião da Força Aérea Brasileira. As armas atualmente estão sob a guarda do Exército em Brasília. Os ministros do TCU consideraram que os itens pertencem ao Estado brasileiro e, por causa do alto valor, não são itens personalíssimos que poderiam ser destinados ao presidente.
A defesa de Bolsonaro informou na segunda-feira (13/3) que depositaria os itens no TCU. Depois, o tribunal definiu que os itens devem ficar guardados na Secretaria-Geral da Presidência. O ministro Augusto Nardes, relator do caso, avalia que nenhum dos dois órgãos têm estrutura ou segurança suficientes para armazenar esses presentes milionários.
Por isso, Nardes deve mandar que as joias e as armas fiquem depositadas na Caixa Econômica Federal, banco estatal que tem experiência em manter itens de algo valor. O ministro deve tomar a decisão a pedido do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União. Depois, deve levar o caso para ser referendado pelo plenário.