TCU avalia adiar cobrança de comprovante de vacina no tribunal
Exigência de vacina contra a Covid começaria no próximo dia 31, mas posse de senador Antonio Anastasia gera temor de confusão no TCU
atualizado
Compartilhar notícia
O Tribunal de Contas da União (TCU) avalia adiar a data em que começará a exigir o comprovante de vacinação para acessar o prédio do tribunal. A obrigatoriedade valeria a partir do próximo dia 31, mas pode passar para fevereiro. O motivo do impasse é a posse do senador Antonio Anastasia como ministro na corte, prevista para o próximo dia 8.
Interlocutores do TCU temem que convidados à posse de Anastasia, como outros parlamentares e o alto escalão do governo Bolsonaro, possam criar confusão com a exigência de vacina. A expectativa é de que a cerimônia seja grande e com muitas pessoas. Por isso, uma saída seria iniciar a cobrança depois da posse, a partir de 9 de fevereiro.
No último dia 18, a presidente do TCU, ministra Ana Arraes, publicou uma portaria determinando que, a partir de 31 de janeiro, qualquer pessoa que acessar as dependências do tribunal deverá comprovar a vacinação contra a Covid. O texto cita autoridades. Quem não estiver imunizado, por sua vez, deverá mostrar um teste negativo para a doença feito nas últimas 72 horas.
Em dezembro, a ida de Bolsonaro à posse de André Mendonça no STF gerou apreensão. Bolsonaro alega até hoje que não se vacinou, enquanto o Supremo exige o comprovante da vacina para acessar a corte. O advogado de Flávio Bolsonaro, Fred Wassef, havia sido barrado no mês anterior.
No dia da posse de seu indicado ao STF, Bolsonaro seguiu todos os protocolos do Supremo: apresentou um teste negativo para a Covid e usou máscara o tempo todo, o que o presidente não faz no Planalto.