Tarcísio quer isolar França e tratar do Porto de Santos com o Planalto
Tarcísio pretende centralizar a discussão sobre o leilão em Lula e Alckmin para isolar o ministro Márcio França, contrário à privatização
atualizado
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pretende isolar o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e concentrar a discussão sobre a privatização do Porto de Santos em Lula e em Geraldo Alckmin.
Para defender a estratégia, auxiliares de Tarcísio dizem que Lula deixou claro nos primeiros dias de governo que nenhum ministro dará a palavra final na administração federal.
Tarcísio comentou que foi muito bem recebido por Lula e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Após a reunião de quarta-feira (11/1), o governador afirmou à imprensa que o presidente não fechou as portas para a concessão do Porto de Santos.
Naquele mesmo dia, Rui Costa disse que a privatização do Porto de Santos não está descartada “de forma alguma”, mas França declarou que a autoridade portuária não será vendida à iniciativa privada.
O entorno de Tarcísio acredita que o governador conseguirá tratar do leilão diretamente com o Palácio do Planalto, enquanto França será incumbido da tarefa de conversar com empresários interessados na privatização.
Lula, inclusive, designou Rui Costa para acompanhar o andamento do projeto de concessão. Nenhuma reunião entre França e Tarcísio está prevista para tratar do assunto.