Tarcísio e Rodrigo veem espaço para bater ainda mais em Haddad
Campanhas de Tarcísio e de Rodrigo Garcia avaliaram que os candidatos não exploraram pontos fracos de Lula e de Alckmin no primeiro debate
atualizado
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As campanhas de Tarcísio de Freitas e de Rodrigo Garcia pretendem ajustar os ponteiros para que os candidatos batam ainda mais no petista Fernando Haddad nos próximos debates em São Paulo.
Coordenadores da campanha de Tarcísio anotaram que o nome de Lula não foi mencionado nenhuma vez durante as duas horas de debate na Bandeirantes.
Vinicius Poit, que assumiu o papel de franco-atirador, foi o único a citar o ex-presidente indiretamente — referiu-se a Lula como “ex-presidiário”.
Os aliados de Tarcísio deixaram o local dizendo que o ex-ministro não pode ser um coadjuvante nos ataques contra o PT e que é tarefa dele usar os escândalos de corrupção do passado para criticar Haddad.
Haddad citou Lula nominalmente nos agradecimentos finais, ao dizer que contava com o “melhor time”, formado pelo ex-presidente e por Geraldo Alckmin, Marina Silva e Guilherme Boulos. Esqueceu, contudo, de citar Márcio França, que estava sentado na primeira fila do estúdio, ao lado da candidata a vice, Lúcia França.
Diante da gafe do ex-prefeito, Garcia recebeu o aviso de sua equipe para agradecer a presença de Edson Aparecido, o emedebista que rivaliza com França na corrida pelo Senado.
Para os tucanos, Garcia perdeu a oportunidade de fustigar Haddad com as contradições da recém-formada aliança com Alckmin. O petista diz que é preciso encerrar os 28 anos de governo do PSDB em São Paulo, sendo que o atual vice de Lula foi governador por quatro mandatos.
No debate, Haddad reclamou que teve de mudar o projeto de um hospital na Brasilândia, na periferia de São Paulo, porque Alckmin, então governador, pediu para incluir uma estação de metrô na região. “O metrô não chegou, mas o hospital está lá”, disse o petista. A claque do tucano lamentou que a deixa passou despercebida por Garcia.