Pré-candidata à prefeitura de São Paulo pelo PSB, a deputada Tabata Amaral acionou nesta semana a Controladoria-Geral da gestão do prefeito paulistano, Ricardo Nunes, para que o órgão acompanhe a elaboração do contrato para coleta de lixo de locais públicos e varrição na cidade, no valor de R$ 10 bilhões por cinco anos de serviços.

O gabinete de Tabata na Câmara enviou na segunda-feira (29/1) um ofício ao controlador-geral de São Paulo, Daniel Falcão, com o pedido. No início de janeiro, o repórter Júlio Wiziack noticiou que o Tribunal de Contas do Município (TCM) detectou um potencial sobrepreço de R$ 2,9 bilhões no contrato.

No pedido ao controlador, a deputada cita o aumento de R$ 42,7 milhões no contrato pelo uso de 15 sacos plásticos por varredor, ao invés de 10 sacos, previstos no contrato anterior. Tabata também afirmou que “parece não se justificar” a diminuição da velocidade média da varrição mecanizada, de 10km/h para 8 km/h, que levará a um aumento de R$ 59,4 milhões na licitação.

A atuação da Controladoria do governo Nunes, disse o documento, pode esclarecer “as razões para que os valores estipulados na modelagem são tão díspares em relação ao praticado em contratos anteriores”. “É mister que esta CGM investigue quem elaborou o referido contrato e por quais razões há o referido sobrepreço”, cobrou o ofício.

A Prefeitura de São Paulo afirmou, por meio de nota, que recebeu o ofício de Tabata e o encaminhou para “providências cabíveis”. “Cabe esclarecer que o Tribunal de Contas do Município (TCM) faz auditoria de forma rotineira nos contratos e, quando finalizados, já são compartilhados com a CGM, para ciência e eventuais apurações pertinentes”.