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Suspeitos de agredir Luan, do Corinthians, estiveram presos na Bolívia

Dois suspeitos de agredir o jogador Luan, do Corinthians, ficaram presos por mais de 100 dias na Bolívia após a morte do garoto Kevin Spada

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Suspeitos de agredir o jogador Luan, do Corinthians, posam para foto em lanchonete em São Paulo
1 de 1 Suspeitos de agredir o jogador Luan, do Corinthians, posam para foto em lanchonete em São Paulo - Foto: Reprodução/Instagram

Dois corintianos suspeitos de agredir o jogador Luan, em um motel em São Paulo, ficaram presos por mais de 100 dias em Oruro, na Bolívia, em 2013. Na ocasião, eles foram acusados de envolvimento na morte de Kevin Spada, de 14 anos, atingido no rosto por um sinalizador durante jogo da Libertadores.

Os suspeitos foram reconhecidos a partir do post feito por um conselheiro deliberativo da torcida organizada Gaviões da Fiel. A selfie insinuava que o grupo de sete corintianos havia participado da emboscada contra Luan. “Alvo encontrado com sucesso”, dizia a legenda da foto, emendando: “Vontade de 37 milhões de loucos”.

O delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte de São Paulo, disse à coluna que os sete corintianos que aparecem na foto são tratados como suspeitos pela Polícia Civil. Todos serão intimados a prestar depoimento sobre o caso.

A selfie foi tirada pelo vice-presidente da Gaviões da Fiel, Danilo Silva de Oliveira, o Biu, que aparece marcado na postagem. Biu ficou 106 dias preso com outros onze corintianos na Bolívia, após a morte de Kevin Spada. Ele voltou a ser preso em 2021 por ter incendiado a estátua do bandeirante Borba Gato, em São Paulo, em um protesto com motoristas de aplicativo.

Outro corintiano que apareceu confraternizando após o ataque a Luan foi Reginaldo Coelho. Também preso em Oruro, ele era o integrante mais velho do grupo que foi acusado de matar Kevin Spada. À época, Coelho tinha 36 anos.

O caso de Kevin Spada ficou marcado por uma série de impasses judiciais. Ninguém foi punido pela morte do garoto boliviano.

A selfie tirada pelos suspeitos, em uma lanchonete no centro de São Paulo, foi replicada por outros perfis que estavam marcados na publicação, entre eles o do corintiano Cauã Mota. Ele repostou a foto com a legenda “tropa do Caribe”, em alusão ao nome do motel onde Luan foi agredido, e divulgou um meme com o rosto do atleta em um cartaz de procurado.

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metropoles.comGuilherme Amado

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