Suposto sócio de Adriano da Nóbrega pede que delação de viúva de miliciano seja rejeitada
Bernardo Bello Barbosa diz que Júlia Lotufo quebrou sigilo e violou regras básicas da delação
atualizado
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O empresário Bernardo Bello Barbosa, acusado de ser sócio de Adriano da Nóbrega no “escritório do crime”, apresentou na semana passada um pedido para que o STJ rejeite a homologação da delação de Júlia Lotufo, viúva de Adriano.
Em sua delação, Júlia acusa Barbosa de ser chefe de um grupo de extermínio e de ter sido sócio de Adriano.
No pedido, a defesa de Bernardo Barbosa argumenta que Júlia violou a regra de sigilo por ter passado informações de sua delação à imprensa — embora não prove na peça como isso teria ocorrido. Também afirma que ela infringiu outras regras básicas dos acordos de colaboração premiada, como a de boa-fé negocial.
Segundo a defesa, Júlia criou uma “salada narrativa” ao citar fatos sem relação direta com o assunto das investigações e criou uma cortina de fumaça para desviar o foco do que importava.
Um exemplo seriam as citações feitas por ela ao desembargador Guaraci de Campos Vianna e ao procurador Homero das Neves Freitas Filho. Para o advogado, as menções seriam um artifício para tornar a delação mais interessante.
O advogado de Bernardo Barbosa também pede para que, caso sua solicitação seja rejeitada, que a defesa possa apresentar provas para contradizer Júlia.
Bernardo Barbosa afirmou, em entrevista à Mônica Bergamo publicada nesta segunda-feira (30/08), que a delação de Júlia é uma farsa e que tem uma gravação do atual noivo de Júlia, o empresário Eduardo Giraldes, dizendo que não deixaria ela contar na delação eventuais informações que soubesse sobre Jair Bolsonaro.