Supostas vítimas de jogos manipulados, casas de aposta não procuram MP
Ministério Público de Goiás, responsável pela Operação Penalidade Máxima, não foi procurado pelas casas de aposta
atualizado
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O procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres, prestou depoimento à CPI da Manipulação de Resultados e Apostas Esportivas nessa terça-feira (11/6) e classificou as casas de aposta como “vítimas desinteressadas”.
Foi o Ministério Público de Goiás que realizou a Operação Penalidade Máxima, a ação mais importante do Brasil contra manipulação de apostas até o momento. Ao todo, 32 pessoas foram indiciadas, sendo 21 jogadores.
De acordo com Peres, as casas de apostas jamais procuraram o MP para compartilhar dados ou relatar supostas irregularidades.
“Nós não identificamos participação das bets ou de funcionários delas, ou que elas tenham induzido. Em princípio, foram vítimas das fraudes, embora não tenham, a partir desses fatos, feito colaboração conosco a respeito desses prejuízos que elas sofreram. Elas são vítimas desinteressadas, porque não nos procuraram”, contou.
O promotor Fernando Cesconetto, que coordenada a operação, exemplificou:
“Chegamos a um caso concreto em uma determinada rodada, em que a casa de apostas bloqueou o pagamento do prêmio para os apostadores porque tinha suspeita de fraude, mas nada disso foi encaminhado ao Ministério Público. Se não fosse a investigação que conduzimos, nós não saberíamos disso”.
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