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Superintendente que coagiu servidores de Curitiba é exonerado

Apesar do servidor dizer que recebeu orientações para o pedido, a prefeitura de Curitiba disse que ele agiu sob “julgamento pessoal”

atualizado

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Antônio Carlos Pires Rebello
1 de 1 Antônio Carlos Pires Rebello - Foto: Reprodução

O superintendente de Tecnologia da Informação da prefeitura de Curitiba, Antônio Carlos Pires Rebello, foi exonerado nesta terça-feira (1°/10), após a coluna revelar que ele coagiu servidores a doarem para a campanha a prefeito de Eduardo Pimentel, do PSD, atual vice-prefeito da cidade. A exoneração de Rebello ainda não saiu no Diário Oficial.

Rebello diz, no áudio revelado pela coluna, que recebeu a “incumbência” de informar aos servidores concursados e com função gratificada que eles teriam que comprar convites para um jantar de campanha de Pimentel. Os valores variaram de R$ 750 a R$ 3 mil.

Apesar do superintendente dizer no áudio que recebeu orientações da campanha para o pedido, a prefeitura de Curitiba disse que ele agiu com base em seu “julgamento pessoal”. E negou que o vice-prefeito tenha dado ordens para que servidores doassem para a sua campanha.

O jantar que os servidores foram obrigados a comprar convites aconteceu no dia 3 de setembro. Rebello orientou que os funcionários fizessem pix de contas bancárias de parentes ou amigos próximos, para que não fossem identificados. Todos os repasses foram feitos para o PSD. A coluna identificou uma série deles, feitos por parentes dos servidores.

O superintendente de Tecnologia da Informação disse ainda que o esquema era “ajuda para a campanha” e que seria “melhor do que fazer caixa 2”. O funcionário ainda alegou que o repasse não seria ilegal, mas foi questionado por servidores: “é ilegal porque você estão nos obrigando a fazer a doação”.

Os servidores questionaram o superintendente de Tecnologia se “comprar o convite” garantiria o cargo e a função gratificada caso Pimentel seja eleito. Rebello respondeu que nada seria garantido mas que “ajuda a continuar”.

Em um dado momento da reunião, um servidor disse que não iria “rolar” de pagar o valor. O servidor expôs sua intimidade e disse, aos prantos, que valores como aquele, ou até menores, ele estava “parcelando no crédito” e estava “se ferrando em casa”. O superintendente de Tecnologia da prefeitura, responsável pela coação, disse, então, que todos tinham problemas e que não iria mais discutir com o servidor porque senão iria “demiti-lo”.

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