STJ cogita deixar escolha de ministros para sucessor de Bolsonaro
Ministros do Tribunal vêm se movimentando para deixar a escolha para 2023
atualizado
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Membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vêm se movimentando para deixar para 2023 a escolha dos nomes que ocuparão as duas vagas de ministros do tribunal abertas, com as aposentadorias dos ex-ministros Napoleão Nunes Maia e Nefi Cordeiro. O sentimento crescente é que o presidente Jair Bolsonaro não tem mais condições políticas de escolher novos integrantes para o tribunal.
Na segunda-feira (9/8), os magistrados deverão decidir como se dará a eleição da lista quádrupla a ser feita por ministros do STJ. Os nomes devem ser apenas de desembargadores federais, e será discutida a forma como a votação ocorrerá – virtual ou presencialmente.
Se o plenário do STJ optar por realizar o pleito somente em regime presencial, isso deverá levar à decisão da votação para o ano que vem, o que posteriormente poderá acarretar sucessivos adiamentos, de maneira que Bolsonaro não seja o responsável escolha dos dois nomes. A lista dos quatro candidatos só seria encaminhada ao próximo presidente.
Há também, em paralelo, um grande incômodo pela interferência externa, com vários candidatos apoiados por ministros do STF.
Integrantes do STJ querem se afirmar como os donos da escolha, e a interferência do STF não tem sido bem recebida.