Stalker de MG que perseguiu médico tem habeas corpus negado por Zanin
Zanin rejeitou pedido de liberdade da stalker Kawara Welch, de 23 anos, presa sob suspeita de perseguir médico no interior de MG
atualizado
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O ministro Cristiano Zanin manteve nessa segunda-feira (3/6) a prisão de Kawara Welch Ramos de Medeiros, acusada de perseguição contra um médico no interior de Minas Gerais.
Kawara, de 23 anos, que se apresenta nas redes sociais como artista plástica, está presa preventivamente sob suspeita de praticar o crime de stalking. Segundo a vítima, ela chegou a lhe enviar 1,3 mil mensagens em um único dia e fazer mais de 500 ligações. Nas instâncias inferiores, além de perseguição, ela é investigada por roubo de um celular da esposa da vítima. A defesa dela nega as acusações.
O advogado de Kawara apelou ao STF depois de ter um recurso em habeas corpus negado no STJ pelo ministro Teodoro Silva Santos. Ele alegou haver falta de fundamentação para a prisão preventiva da stalker mineira e “constrangimento ilegal e irregular” a ela.
Ao analisar o pedido, que corre em segredo de Justiça no Supremo, Cristiano Zanin apontou razões processuais para rejeitá-lo. O ministro apontou que não houve decisão colegiada do STJ sobre o assunto, motivo pelo qual o STF não pode sequer dar seguimento ao recurso – ou seja, sequer analisar seu mérito.
Zanin também observou não haver “teratologia, flagrante ilegalidade ou abuso de poder” na prisão de Kawara, situações em que o Supremo poderia, mesmo sem uma decisão conjunta do STJ, decidir o caso.