SP prevê estiagem recorrente e prepara obras de médio e longo prazo
Estado está com 36 cidades em situação emergencial
atualizado
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O governo de São Paulo anunciará nesta semana uma série de obras pelo estado que terão o objetivo de mitigar os efeitos dos períodos de estiagem em médio e longo prazo. A administração fará as perfurações de 138 poços e também construirá barramentos hídricos. As cidades de Salto, Indaiatuba e Itu receberão a limpeza e o desassoreamento de cursos d’água.
O entendimento no governo de João Doria é de que os períodos de estiagem devem se tornar recorrentes a partir de agora. As obras foram pensadas para minimizar o efeito que futuras crises hídricas podem ter sobre a população do estado.
O volume total de armazenamento nos sistemas produtores que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo está em 37,7%. A Cantareira, principal reservatório de São Paulo, está com 29,5% do volume operacional.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou ao governo que nove cidades estão em situação emergencial. São elas: Aguaí, Cabreuva, Campo Limpo Paulista, Franca, Itupeva, Pedregulho, Saltinho, Taguaí e Várzea Paulista. Nesses municípios, houve diminuição acentuada de vazão, com redução na captação normal e uso de captações emergenciais, com possibilidade de comprometer o abastecimento.
Outras 27 prefeituras de áreas onde não há operação da Sabesp comunicaram ao governo estadual que se encontram em emergência. Entre elas estão Bauru, Bebedouro, Itu, Jaboticabal, São José do Rio Preto, Ouro Verde e Valinhos.
O governo considera que 90 cidades estão em situação de alerta atualmente.