“Solução é sem interferência na governança da Petrobras”, diz Pacheco
Presidentes do Senado e da Câmara têm discutido alternativas para a crise no preço dos combustíveis
atualizado
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Em que pese a ira de parte da classe política com a Petrobras devido ao preço dos combustíveis, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defende uma solução que não passe por uma intervenção direta na empresa.
“Já votamos dois projetos de lei complementar (PLPs 11 e 18) e um projeto de lei (1472) para tentar contornar a questão, além da PEC 15. O Congresso adotou medidas, sem prejuízo de outras que possam vir a ser implementadas. Defendo uma solução sem interferência na governança da Petrobras”, disse à coluna.
Presidente da Câmara, Arthur Lira tem subido o tom contra a Petrobras e criticado duramente a política de preços, chegando a chamar a empresa de “criança mimada”. Em artigo publicado nesta segunda-feira na Folha de S.Paulo, afirmou que, quando quer tratamento privilegiado do Estado, a Petrobras se apresenta como estatal, mas quando lucra bilhões “em meio à maior crise da história do último século, declara-se capitalista selvagem”.
No texto, Lira diz não querer “confronto nem intervenção”, mas “respeito da Petrobras ao povo brasileiro”. E ameaçou: “se a companhia decidir enfrentar o Brasil, o Brasil vai enfrentar a Petrobras”.
Nesta segunda-feira, Lira e Pacheco jantaram para discutir a crise dos combustíveis.