Pouca defesa de interesses coletivos e de muitos interesses privados: um levantamento inédito da Transparência Internacional revela que a sociedade civil é uma das classes que menos tem representantes cadastrados na Câmara e no Senado. O lobby do setor privado é o que mais tem credenciados externos para transitar nas duas Casas.

Por meio de pedido de acesso à informação, o Senado informou que, de 381 pessoas com acesso liberado à Casa em 2024, apenas duas são da sociedade civil e 65 ligadas a associações ou entidades privadas.

A maior parte dos cadastrados são representantes de órgãos públicos, 251. As associações profissionais somam 42 pessoas. Representantes de empresas são 16, e de partidos políticos, cinco.

Na Câmara a realidade não é diferente. São 168 credenciados que representam empresas, enquanto 25 a sociedade civil. As associações profissionais têm 83 representantes e “Outros” são 22.

Na Casa, o predomínio, no entanto, é de pessoas ligadas a órgãos públicos, que somam 401. A imprensa tem 449 credenciados.

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