Skate: corte internacional decidirá representante no Brasil
Duas entidades, uma de skate e outra de hóquei e patins, brigam pela administração do esporte no país
atualizado
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A Corte Arbitral do Esporte (CAS) começará a decidir no próximo dia 26 qual entidade é a representante do skate no Brasil. Há duas confederações brigando pelo posto, a de Skateboarding (CBSK) e a de Hóquei e Patins (CBHP).
Apesar de parecer uma briga sem razão, não é bem assim. A disputa tem relação com as Olimpíadas.
Quando o esporte se tornou olímpico, ele precisou ficar sob o guarda-chuva de uma federação internacional. Como eram poucas confederações do esporte no mundo e não havia uma entidade mundial específica para ele, a escolhida foi a World Skate (WS), que cuida das várias modalidades de patinação, inclusive a no gelo e a artística.
Um entendimento interno da WS determinou que os países que possuem duas confederações filiadas a ela precisariam entrar em acordo para que apenas uma fosse a representante de todos os esportes. O prazo final era o dia 31 de dezembro do ano passado.
Esse foi o caso do Brasil, que tem a CBHP, filiada à WS há vários anos; e a CBSK, que se chamava de Skate, mas mudou de nome porque skate em inglês quer dizer patins.
A ordem da WS foi que, caso não houvesse acordo, a decisão seria do Comitê Olímpico de cada país. Aqui no Brasil o COB não se posicionou, alegando que não caberia a ele fazer a escolha.
Com isso, a WS desfiliou a CBSK em janeiro deste ano e passou a administração do esporte para o COB. E determinou que a CBHP criasse uma nova associação que abarcasse também o skate.
A CBSK entrou com um processo no CAS, que, de forma liminar, repassou a administração do skate brasileiro para a confederação até depois das Olimpíadas, para que os atletas não fossem prejudicados.
Alguns deles, como os medalhistas Rayssa Leal e Pedro Barros, manifestaram-se publicamente pedindo que o esporte fosse mantido sob a administração da CBSK.
Já a CBHP diz que já tem um projeto pronto para administrar todos os esportes. A ideia é contratar um CEO e dividir as áreas em duas vice-presidências, sendo uma do skate e outra das demais modalidades.
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