O advogado Silvio Almeida tem se fortalecido para chefiar o Ministério dos Direitos Humanos no governo Lula. No sábado (6/12), Almeida fez uma reunião com movimentos sociais que integram o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) e têm influência no PT.

Participaram da conversa lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Plataforma Dhesca Brasil. Essas entidades ocupam assentos da sociedade civil no CNDH.

Almeida defendeu que o Ministério dos Direitos Humanos tenha estrutura para atuar em todas as áreas do governo e ser conhecido pela sociedade. O professor afirmou também que o CNDH deveria ser reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como instituição nacional de direitos humanos. No governo Bolsonaro, a ex-ministra Damares Alves interferiu diretamente no colegiado, impossibilitando que o conselho recebesse o selo internacional de autonomia.

Depois do encontro, participantes relataram que Silvio Almeida trabalha para enfrentar duas fraquezas apontadas por críticos à sua nomeação: a falta de trânsito político e o encastelamento no mundo acadêmico. Entre interlocutores de Lula, o convite é dado como certo.