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Servidores presos estavam vendendo soluções de inteligência da Abin

Presos da Abin foram alvos de processo administrativo disciplinar e usaram conhecimento sobre monitoramentos para tentar evitar demissão

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Em foto colorida, viatura da PF na frente da Abin
1 de 1 Em foto colorida, viatura da PF na frente da Abin - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) presos na manhã desta sexta-feira (20/10) estavam sofrendo um processo administrativo disciplinar por vender “soluções de inteligência” da agência, aponta a investigação da Polícia Federal (PF).

Os presos foram Rodrigo Colli, profissional da área de contrainteligência cibernética da agência, e Eduardo Arthur Izycki, oficial de inteligência.

Eles estavam sendo investigados pela Abin e pela PF pela venda dos serviços da agência e tentaram usar o conhecimento sobre o sistema First Mile, que monitorava celulares, para não serem demitidos.

O objeto da apuração disciplinar contra eles não era o uso irregular do sistema de monitoramento de celulares, porém, e sim a venda dos serviços de inteligência da agência.

Como mostrou o repórter Thalys Alcântara, a empresa Icciber Segurança Cibernética, do pai de Eduardo Izycki, tentou um contrato com o Exército em 2018 para prestar um serviço na área de soluções de exploração cibernética e web intelligence, justamente áreas de atuação de Eduardo dentro da Abin.

O processo administrativo que apurava o caso já havia decidido pela demissão dos agentes, mas a punição não havia se concretizado até agora.

Na manhã desta sexta-feira, a PF cumpriu dois mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

A investigação da PF aponta que o sistema usado para monitorar ilegalmente a geolocalização de celulares foi utilizado pela Abin mais de 30 mil vezes, segundo revelou a jornalista Bela Megale.

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metropoles.comGuilherme Amado

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