Servidores da Abin criticam novo corregedor do órgão em reunião na CGU
Servidores da Abin alertaram a CGU de conflito de intereses gerados pela nomeação de delegado da PF como corregedor-geral da agência
atualizado
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Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram à Controladoria-Geral da União (CGU) para criticar a escolha do delegado da Polícia Federal (PF) José Fernando Moraes Chuy para o cargo de corregedor-geral da agência. Os funcionários estiveram com o corregedor-geral da União, Ricardo Wagner de Araújo, na última terça-feira (6/8).
Integrantes da União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) alertaram que a nomeação traz riscos institucionais e conflitos de interesses. Isso porque o inquérito da PF que investiga a Abin paralela no governo Bolsonaro mira servidores da polícia que tinham cargos de confiança na agência. Parte segue presa por ordem do STF.
Os funcionários da Abin entregaram ao corregedor-geral da União um levantamento que aponta que em raríssimas ocasiões um órgão federal tem como corregedor-geral alguém de fora da carreira. Quando isso aconteceu, houve um processo seletivo, o que não foi o caso da Abin.
Para os servidores da Abin presentes à reunião, não faz sentido o argumento do diretor-geral da agência, o delegado da PF Luiz Fernando Corrêa, de que não encontrou uma pessoa de confiança para ocupar a corregedoria. O grupo mostrou estranheza com o fato de que em um ano e meio nenhum servidor sequer foi considerado apto para o posto.
O corregedor-geral da União, Ricardo Wagner de Araújo, afirmou que levará as informações da reunião ao ministro da CGU, Vinicius Carvalho, para eventuais providências.