metropoles.com

Servidora pede indenização a diretora do Senado por danos morais

A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, foi acusada por uma servidora de suposta prática de assédio moral

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Jefferson Rudy/Agência Senado
Ilana Trombka – Senado
1 de 1 Ilana Trombka – Senado - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka, está sendo processada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) por uma servidora da Casa que pede indenização por danos morais por supostamente persegui-la e boicotá-la.

No processo, a servidora do Senado Dinamar Rocha, que trabalhou diretamente com Trombka entre 2017 e 2018, alega que a diretora-geral protagonizou episódios de “perseguição e boicote” contra ela. Rocha conta que, mesmo depois de ter pedido para mudar de área, em 2019, para não ser mais subordinada de Trombka, servidores do Senado lhe alertaram que a diretora-geral “estava no pé” e “de olho” em tudo que ela fazia.

A servidora contou no processo que este aviso veio de sua chefia durante uma reunião de coordenação no Instituto Legislativo Brasileiro. Rocha contou que fez uma solicitação de Lei de Acesso à Informação pedindo dados de servidores admitidos no Senado por gênero e que seu chefe perguntou o motivo da solicitação via LAI alegando que Trombka “estava de olho”.

Rocha afirmou também que foi nominalmente convidada pelo Ministério da Defesa para dar uma palestra organizada pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados, mas que Trombka designou outro servidor e a impediu de falar no evento.

Rocha, segundo consta no processo, formalizou uma denúncia contra Trombka no setor de Qualidade de Vida do Senado e ouviu da servidora que lhe atendeu que ela “não era a primeira pessoa” a reclamar do trato da diretora-geral do Senado. O áudio dessa conversa com a funcionária desse setor está anexado no processo. A servidora, contudo, decidiu não seguir com a denúncia por medo de mais represálias de Trombka.

Meses depois, ainda em 2019, Rocha foi alvo de uma investigação preliminar instaurada pela diretora-geral. O motivo foi uma denúncia à Polícia do Senado contra Rocha, em que ela foi acusada de assédio moral. A abertura da apuração preliminar é regra do regimento interno do Senado sempre que há uma denúncia à Polícia da Casa. Rocha, contudo, alega que foi “perseguição” de Trombka contra ela. O caso foi arquivado.

À coluna, a diretora-geral do Senado nega que tenha tido qualquer tipo de comportamento inadequado com a servidora e afirma que a apuração não foi aberta somente contra Rocha, mas também contra a servidora que fez a acusação.

“A Polícia do Senado fez apurações que tinha que fazer e encaminhou para mim o resultado. Um ato do primeiro secretário do Senado orienta como a gente deve tratar casos de assédio moral e o artigo diz que a gente deve instaurar uma apuração preliminar. E eu abri a apuração das duas, cada uma teve uma apuração preliminar”, explicou Trombka.

A diretora-geral do Senado apontou também que a Justiça ainda não analisou a denúncia e que o caso ainda está nas primeiras diligências. Trombka afirma também que faz uma boa gestão no Senado e que “dados objetivos” comprovam que a Casa bateu recordes positivos em matérias de gênero e clima no ambiente de trabalho durante seus anos como diretora-geral.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?