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Senado mantém sigilo sobre investigação da rachadinha de Alcolumbre

Senado afirmou que documentos da investigação de desvios de salários no gabinete de Alcolumbre foram encaminhados à PGR

atualizado

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Sessão Deliberativa remota do Senado - Davi Alcolumbre
1 de 1 Sessão Deliberativa remota do Senado - Davi Alcolumbre - Foto: Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O Senado Federal negou acesso, num pedido feito pela coluna por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), à investigação interna sobre a possível prática do crime de peculato (desvio praticado por servidor público) no gabinete do senador Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá, ex-presidente da Casa.

Em outubro de 2021, seis assessoras lotadas no gabinete de Alcolumbre contaram, em entrevista ao jornalista Hugo Marques, que eram funcionárias fantasma e devolviam seus salários através de saques em dinheiro, ou seja, praticavam a chamada rachadinha. A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu na ocasião uma apuração, mantida em sigilo até hoje.

A investigação interna aberta pelo Senado, também após a reportagem, foi concluída e também segue secreta. Por meio da Lei de Acesso, o Senado afirmou que “a fase procedimental realizada na Secretaria de Polícia do Senado Federal foi encerrada, sendo os autos encaminhados à Procuradoria-Geral da República”. A Casa alegou que, por os autos não estarem mais lá, não poderia informar seu status, “tampouco os desdobramentos”.

O Senado não respondeu sobre qual foi a conclusão da investigação. A reportagem que revelou o caso estimava os desvios em R$ 2 milhões.

Segundo a assessoria do Senado, a investigação foi enviada à PGR após a Polícia Legislativa concluir que não tinha a competência para apurar os fatos, e o sigilo policial se justificaria porque se trata de uma investigação em andamento.

Alcolumbre nega qualquer irregularidade. “O senador Davi Alcolumbre reitera que não praticou qualquer irregularidade no exercício do seu mandato e que, por sua iniciativa, foi deflagrada investigação na Procuradoria-Geral da República para apurar a denúncia publicada pela revista Veja.”

“O Senador aguarda a conclusão da apuração dos fatos e não teve conhecimento sobre seu término ou eventual celebração de acordo pelos investigados”, afirma.

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metropoles.comGuilherme Amado

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